sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Já há muito tempo que não chorava e hoje foi a gota de água.

O tempo não ajuda. Estar trancada em casa o dia todo, todos os dias, sem falar com ninguém, esgota a criatividade de qualquer pessoa e a minha esgotou ao fim de 2 meses e meio. Estares hoje particularmente rabujenta também não ajuda. Depois de mais de 3 horas em que só rabujas e choras fui-me abaixo. Lembrei que há mais de dois meses que não tenho tempo paa mim, que me ando a desleixar em tudo e mais alguma coisa, que deixei de existir, que não durmo decentemente, que vivo para ti e para as lidas da casa, que só penso em lavar e passar roupa, arrumar a casa, limpar a casa, dar a mama, trocar babetes, trocar bodies e babygrows, trocar fraldas, preparar banhos. Há mais de dois meses que não tenho um almoço ou jantar de amigos em que possa estar simplesmente descontraída e desligar de tudo. Ao mesmo tempo que passo por isto, ver o teu pai sair para jantares de Natal e jantares com amigos não ajuda mesmo nada, quando ele diz que chega cedo e o cedo dele nunca é antes da tua mamada de meio da noite. Estou cansada de estar cansada porque não durmo e não descontraio e ainda ter de ouvir o teu pai dizer que está cansado porque chegou tarde dos jantares e dos copos.

Estou tão cansada... só isso... estou tão cansada...

domingo, 13 de dezembro de 2009

Motricidade

Estás a ficar mais coordenada e já não "tremes" tanto como quando nasceste.

Ontem, pela primeira vez, pegaste nas duas patas da vaca sózinha e puxaste uma para cada lado :D!

Estás a ficar grande! Não tarda arrancas as cabeças às bonecas e rapas-lhes o cabelo!!

saudades...

sempre disseram que ia ter saudades de te ter na barriguita...

e eu "ah tá bem, isso dizem vocês que não estão da panção que não vos deixa fazer nem comer nada!"

pronto.

dois meses depois engulo o que disse.

tenho saudades de te ter na barriguita!

sábado, 12 de dezembro de 2009

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

:D

Hoje

15:45

primeira gargalhada

que na realidade foram três gargalhadas seguidas!
Depois de tecer largos elogios ao facto de só acordares uma vez por noite, eis que esta noite me brindas com 3 "acordanços": 2 para mamar e um só mesmo para chatear porque não tinhas mais nada para fazer e resolveste acordar a mãe só porque sim.

A novidade de hoje é que descobri que se formos comprar roupa, nos deixam usar o provador dos deficientes que é muito maior, para lá entrar com o teu carrinho de passeio e experimentar a roupa! Porreiro, hãn! Resultado do estrago: um par de calças de ganga skinny, um vestido-camisa e um top, para mim, que já há décadas que não comprava nada e finalmente parece que o meu corpo está a descobrir o "caminho de volta ao antigamente" e três bodies para ti: cresces a uma velocidade estonteante e a tua capacidade de bolsar e molhar roupa atrás de roupa atrás de roupa, cresce contigo.

O único senão de andar com o carrinho às compras é que nem todas as lojas estão espaçosamente organizadas para permitir a mobilidade de carrinhos de bebé. O problema que eu mesma me tinha colocado (de não conseguir experimentar a roupa sozinha contigo) já se resolveu ;o), pelos vistos estava só mesmo na minha cabeça!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

2 meses de mãe

E a mãe como está no meio disto tudo? Bem, obrigada. Muito babada e cada vez mais apaixonada pela minha filha. Tenho passado os dias em casa. Está a ficar frio, naturalmente e os centros comerciais fazem-me cada vez mais confusão por causa desta coisa toda com a gripe A, especialmente, mas na realidade com todo o tipo de doenças. Eu sei que mais dia menos dia ela vai tem um resfriadozito ou uma febre mas prefiro que seja "mais dia" do que "menos dia". Todos os cuidados são poucos e tenho de zelar por ela. Ficando por casa a criatividade tem de ser alguma. Virei-me novamente para o tricot, para além de me acalmar sempre vou fazendo umas peças de roupa e acessórios para mim. Vou vendo séries americanas no pc, filmes antigos, blogs de moda, escrevo aqui. A casa também dá trabalho e entre mamadas e fraldas trocadas há sempre limpezas a fazer, refeições a preparar ou roupa para cuidar.

No primeiro mês fui à ginástica pós parto no entanto já conclui que é dinheiro mal empregue. O trabalho que dá sair de casa para ir a uma hora (ou menos, dependendo de ela fazer birra ou não) de aula, não compensa o valor mensal que lá deixo. Sair de casa com antecedência para lhe dar mama, estacionar, andar imenso com o carrinho na bela da calçada portuguesa em eternas obras, chegar ao centro, dar mama, preparar-me, uma hora de aula e a mesma fita no regresso a casa para lhe dar mama em casa e eu acabar a almoçar às 14/15h... Vou ser mais obstinada e organizadinha e começar a fazer bicicleta e musculação em casa. No centro também não fazia grande coisa, por isso...

De início foi complicado, passar de uma vida profissional activa, estar fora de casa o dia todo, ter a minha liberdade e independência para... isto. Quando estamos grávidas só nos falam na "preparação para o parto" como se o parto fosse o unico objectivo de vida e apartir desse momento nada mais interesse nem precisa de preparação. Falam vagamente em "depressão pós-parto" e, se procurarmos mesmo muito bem, algumas coisas de "como recuperar a forma fisica no pós parto". Mesmo a questão da recuperação da forma fisica ainda é um mito. Lemos em todo o lado que hoje em dia as mulheres de preocupam muito com a imagem e que TEMOS de nos esforçar por recuperar o corpo que tinhamos antes do parto no entanto esquecem-se de no explicar um pequeno detalhe: como... A amamentação resolve! O tanas. Não resolve coisa nenhuma. Ajuda. Mas não é o milagre estético por excelência. Passados 2 meses ainda tenho barriguinha e a cintura ainda não está definida. Passei 9 meses a engordar, vou precisar de pelo menos 9 para melhorar, não estou triste nem deprimida mas há dias em que apetece bater com a cabeça na parede. Especialmente porque com as "maravilhas da amamentação" se "esquecem" de mencionar que ficamos com o peito do tamanho de um bulldozer que não cabe em camisola nenhuma! Camisas? São para esquecer. Os botões não apertam ou ficam a repuxar. Dedico-me com amor às camisolas elásticas com blazer por cima para ocultar o look Pamela Anderson com o qual não me identifico. Está provado que nunca vou colocar silicone no peito.

As 3 semanas a seguir ao parto são de doidos. Não sei como será com dois filhos mas com o primeiro filho são semanas para esquecer. Por muito preparadas que estejamos para não dormir, só não dormindo é que sabemos o que a casa gasta. E não é o "não dormir", é o acordar a cada 2h para trocar fralda e dar de mamar. Admito que até à quarta semana eu dormia com a bebé na minha cama. Porquê? Adormecia com ela na mama e quando acordava estava ela a dormir para um lado e eu para o outro com a mama de fora... puxava o edredon e enroscava-me a ela. Fim de conversa. O cansaço era tanto que cheguei a dar de mamar sem me lembrar. O H punha-me a bebé na mama, ela mamava, ele tirava-a e eu a dormir ou num estado de dormência tal que não me recordava de nada. Associado à falta ou irregularidade do sono, o pós parto... os pontos no períneo que são do catano para cicatrizar. Associado a isto tudo as hemorróidas, que conseguiram superar os pontos no períneo (cicatrizados em 2 semanas) e permaneceram por mais um mês. As dores e o desconforto fisico, não poder usar cuecas a não ser tipo boxer ou "cuecão", as calças de ganga usá-las por periodos muito curtos porque apertam "naquela zona"... nestas alturas é usar e abusar das saias que são muito mais confortáveis e definitivamente mais fashion para sair à rua. Em casa, sempre de pijama ou fato de treino (até porque temos de estar sempre preparadas para dar de mamar e para a eventualidade do bolsar... em cima de nós...).

Chorar, chorei. Muito. Bastante. Ao fim de 4 semanas só não chorei uns 3 ou 4 dias. Balanço positivo, portanto. Chorei porque não me senti capaz de cumprir o papel, chorei porque não conseguia vestir nada de jeito, chorei porque tinha dores, porque tinha sono, porque estava cansada, porque não aguentava mais, porque passava o dia em casa, porque queria sair e não conseguia, não tinha coragem ou achava que não dava conta do recado com bebé, ovo, carrinho e sacola, chorei porque me sentia sozinha, porque tinha perdido a minha identidade, porque já não sabia muito bem quem era e a quantas andava... chorei por tudo e mais alguma coisa...

Mas estas coisas não são ditas nem partilhadas e ninguém me "alertou" para isto. Falaram-me vagamente na depressão pós parto mas a única coisa que me disseram foi que se tivesse determinados sintomas devia ir ao médico para ser medicada logo, parar de amamentar porque os medicamentos para a depressão passam para o leite. Não me explicaram como combater a depressão. Fui eu que tive de me encontrar a mim mesma, falar comigo mesma e dar a volta por cima. Obriguei-me a sair de casa, a reagira, fui dar voltas no bairro com a bebé no sling (optimo porque quando ela estava com a telha também adormecia), uma hora a caminhar ao ar livre fazem maravilhas pela nossa cabeça! "Um dia depois do outro" e "nada dura para sempre" era o que me repetia constantemente. Por mais que pedisse ao H para tirar um ou dois dias de férias para ficar comigo e me ajudar, para eu descansar um pouco, ele não o fez e tive de contar apenas comigo para tratar de tudo. Ainda hoje lhe peço para tirar um dia de férias e ele continua sem o fazer por isso... já passaram 2 meses e destes 2 meses apenas tirou os 10 dias de lei para ficar connosco em casa.

Pequenos detalhes que se esquecem de nos dizer na "preparação para o parto" que é isso mesmo: "para o parto". Tudo o resto que vem depois, que a meu ver é muito mais importante para nós como mães e como mulheres, é negligenciado, o importante passa a ser o bebé (não digo que não) mas esquecem-se que para que o bebé esteja bem, seja feliz e tenha saúde, a mãe tem de saber e conseguir estar a 100%. Vá... 80% já não é mau.

A minha mãe não se lembrou de nada do meu parto e do do meu irmão, do pós parto nem de coisa nenhuma. Se a minha própria mãe não me conseguiu alertar para nada destas coisas, eu não quero correr este risco com a minha filha. Deixo aqui registadas todas as dificuldades que passei e senti para que ela saiba com o que contar quando decidir ter filhos. A maternidade é maravilhosa! Adoro ser mãe e amo a minha filha mais do que tudo no mundo! Não voltava atrás por nada! Mas preferia saber o que esperar para saber como reagir. Se eu soubesse que chorar todos os dias era normal, não me iria sentir tão desesperada de cada vez que sentia uma lágrima escorrer pelo rosto, com receio de que o leite me secasse e deixasse de poder amamentar a minha filha. É normal, é tudo normal, é o nosso corpo, a nossa mente, somos nós que nos estamos a adaptar! É tudo normal! Só não é normal que nunca ninguém nos diga que isto é normal...

2 meses!

Hoje fazes 2 meses inteirinhos!!! O tempo passa num instante quando mal dormimos à noite! :p! Estás enorme! Quando olho para ti e te vej tão crescida já mal consigo acreditar que estiveste na minha barriga! Eras tão pequenina *snif*! Já sorris muito e de vez em quando até lanças uma gargalhada! Descobriste as mãos (primeiro a direita e depois a esquerda) e foi uma luta porque as queres meter na boca para chuchar (sim, já me acordaste às 4 da manhã a chuchar na mão esquerda, tal era a sofreguidão de chuchar e a barulheira que fazias!!). De início contrariàmos que pusesses as mãos na boca, chuchar na chucha já é um vicio danado mas tiramos a chucha e o vicio pára, a mão está sempre... à mão! E se te habituas a chuchar na mão ou nos dedos estamos bem arrumados! Continuas a bolsar muito. Na noite passada foram 3 (sim, TRÊS) mudas de roupa e babete. Claro que assim que adormeceste na caminha a duvida pairou na minha cabeça: "Será que lhe vesti as calças do bodie por baixo do babygrow?..." No meio do sono e do tira-troca-muda-veste muita coisa podia ficar para trás... desisti de pensar no assunto e confiei que, estando a dormir tão sossegada só podias estar quentinha e confortável, fim de preocupação. Hoje de manhã confirmei que estavas toda bem vestida e quentinha ;o)!

Acordas muito bem disposta e só ao fim do dia (por volta das 18h) é que começas a ficar impaciente e irritadiça, choras, fazes birras, esticas-te toda... muitas vezes acalmas no colinho e com miminhos mas quando se aproximam as 20h é o descalabro e já só acalmas na maminha.

Já vês bem os bonecos e gostas de os tentar agarrar no ar, ficas assim a rir para eles e a tentar agarrá-los quase uma hora e duas de seguida, depois adormeces ou ficas com a birra *suspiro*...

Salivas muito, fazes bolinhas de saliva na boca. A avó Telma diz que é dos dentes, eu digo que ainda é muito cedo, dia 15 o sr. dr. vai dizer outra coisa qualquer.

O teu cabelo está a crescer muito e na nuca, perto do pescoço, faz muitos caracolinhos.

Fazes muito sons e gostas mais do "U", "rrr" e "gue". Às vezes dizes "mámá", também já disseste "pápá" e repetes muitas vezes "eeeeeeeeu" :D. Não sabes é que os sons que fazes já significam coisas mas isso é outra conversa :D!

Neste momento o teu boneco preferido é o leão. Passamos horas deitadas no sofá, comigo a segurar e agitar o leão e contigo a tentar agarrá-lo e a falar com ele. Também gostas da vaca e dos outros bonecos da esperguiçadeira mas esses já não dão tanta luta...

À noite dormes normalmente até às 4h, e depois até às 7 ou 8h. Já não é mau, as noites já são mais parecidas umas com as outras e já vamos dormindo melhor.

No Sábado o tio Mário vem cá a casa fazer a tua primeira sessão fotográfica "fashion", vai ser um lindo resultado! Estou curiosa para ver como te portas!

domingo, 6 de dezembro de 2009

So... surprise surprise!...

Nem bem dois meses passaram desde que nasceste e hoje apareceu-me o periodo pela primeira vez. Não foi bem o periodo, foi mais um pequeno sangramento, mas apareceu. Fiquei em pânico, não estava à espera, lá se vai a teoria de que enquanto se amamenta não há menstruação e de que estamos naturalmente "anticoncepcionadas"... Além disso pareço ter uma certa tendência para sangrar à noite, já quando perdi sangue contigo às 9 ou 10 semanas também foi durante a noite, descobri quando fui à casa de banho...

Às 6 da manhã, com o pc ligado, fiz pesquisas para saber se era normal ou se podia ficar já em pânico e arrancar para o hospital às portas da morte... o que descobri: apesar de não ser muito comum, há mulheres que ovulam durante a amamentação. A ovulação é afectada por vários factores: frequência das mamadas, quantidade de leite produzido e ingerido, composição do leite, questões hormonais... enfim, nada que possamos ou consigamos controlar antecipadamente. Nas ultimas noites, para além de terem começado a dormir melhor, já fazes intervalos de 5 e 6 horas, comes menos à noite, durante o dia as mamadas duram em média 20 minutos, à noite 10 minutos. Isso influenciou o meu organismo, com certeza. Outra coisa que li também foi que a menstruação durante a amamentação não altera significativamente o volume de leite nem o seu sabor no entanto, alguns bebés mais sensiveis, poderão detectar essas pequenas alterações. Como se manifestam os bebés que detectam essas alterações? Pedem mama com mais frequência, mamam durante menos tempo, estão inquietos e irrequietos. E só isto justifica o teu comportamento desde sexta feira... sexta e sábado começaste a chorar às 18h e paraste de chorar na mama e à meia noite... mamaste de hora a hora, excepto entre as 19 e as 20 que estavas a tomar banho, em prantos.

O meu sangramento foi curto, durou apenas um dia, e isso também se reflectiu em ti que ontem já estavas muito mais calma, com as mamadas certas e as durações certas. O meu peito também voltou a inchar e a encaroçar com o leite como de costume por isso acredito que o meu proprio organismo também já esteja mais regular.

Caramba... somos dois casos raros, eu ovulo quando raramente se ovula, tu detectas tudo quando poucos bebés o fazem... as maravilhas do nosso DNA...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

No fim de semana passado os sorrisos começaram a ser uma constante! Quando o papá faz brincadeiras já sorris muito, quando eu dou miminhos e brinco contigo também, quando alguém estranho fala contigo, de vez em quando, esboças um sorrisinho por simpatia mas já percebi que quando não gostas ou não achas piada não sorris MESMO! ;o)! Sais à mãe!! Toda a gente diz que és igualzinha ao papá, que tens a cara dele e tudo o mais, nos sorrisos, nas mãos e nos pézinhos sais à mãe!! Ena ena!!!

Esta noite, depois de mamares e de apagar a luz um bocadinho, quando te fui limpar após um bolsado, já dei contigo a esfregares o punho esquerdo no olho esquerdo, com soninho!

Estás a creser tanto!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

1 de Dezembro

São quase dez horas e ainda estás na caminha. Hoje vamos montar a tua primeira árvore de Natal! Quero ver a tua carinha quando acendermos as luzes todas!!

Tens passado bem as noites. Já fazes intervalos de 4 e 5 horas entre as mamadas e assim já vou conseguindo descansar um bocadinho mais. Durante o dia és muito calminha e já gostas de brincar com os bonecos do móbil da esperguiçadeira. Gostas especialmente do macaco, acho que é por ter a cauda preto e branco, as cores que mais se destacam aos teus olhos até agora. Passas horas a dar murros no macaco e a tentar agarrá-lo, depois, de vez em quando, ris-te imenso e de vez em quando até soltas um som parecido com uma gargalhada!! Já fiz alguns filmes contigo a brincar por isso depois vai ser mais fácil de perceber!

Os avós passam-se contigo! Na semana passado o avô pegou em ti ao colo pela primeira vez! Como nasceste pequenina (naturalmente...) ele tinha medo de te pegar ao colo, magoar ou deixar cair. Mas agora, quase com dois meses, já és uma menina grande e ele não tinha desculpa! Tenho de passar para aqui as fotos que fiz com o telemóvel, fizeste uma careta!! uiui!! Mas o avô deu-te muitos e muitos beijinhos!

O teu único problema tem sido o bolsar. Não páras de bolsar desde que acordas até pouco depois de adormeceres... E não é uma consequência directa de qualquer coisa em si, por muito cuidado que tenhamos em te movimentar após a mamada, duas horas depois ainda estás a deitar leite fora... mas isto não te deixa mal disposta, muito pelo contrário, depois de bolsar, toda molhada, ainda me lanças um sorriso enorme de charme! *risos*!!

Quando falamos contigo ficas a olhar muito fixamente para nós e de vez em quando soltas sons, como se quisesses responder. Se fizermos sons soltos com a boca, olhas muito para a nossa boca e tentas repetir, começando a mexer a tua boca também! Ainda não consegues agarrar mais nada a não ser os nossos dedos (quando estás na maminha um dos braços fica solto e a outra mão costuma agarrar com força o meu dedo) mas já descobriste que tens as mãos e usa-las para esmurrar os bonecos do móbil da esperguiçadeira e do ovo.

Eu tenho passado os dias em casa. O carro avariou (novamente...) e o mau tempo de Inverno chegou para ficar. A gripe A também tem atacado em grande força e não posso vacilar na prevenção. Andamos sempre com o gel desinfectante atrás e ninguém te mexe sem ter as mãos bem limpas e desinfectadas. Voltei-me novamente para o tricot (tenho de passar o tempo de alguma maneira...) e para a internet. Três vezes por semana vou à ginástica mas agora, até que tratem do carro, vai ser outro bico de obra... vamos ver como se resolve isto...

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Sabes que a mamã enlouqueceu quando...

- entre mamadas se estica num colchão de treino com pesos nas mãos a seguir o dvd de Fitness pós parto da Tracy Anderson;

- quando tu choras a pedir miminho do colinho, contigo ao colo ela faz agachamentos...

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Desde o fim de semana (4 semanas) estás mais atenta e alerta ao que se passa à tua volta. Olhas para nós muito fixamente, de vez em quando ficas a olhar para as tuas mãos com cara de quem diz "O que é isto à minha frente?...". Nas minhas aulas de ginástica já estás mais habituada à enfermeira Vera e à ama Mena, já adormeceste ao colo da Vera uma vez, fora isso tens dormido e tens deixado a mamã fazer a musculação e "sofrer" às ordens da Tatiana! Dizes "ai", cheia de sentimento e adoras que ao fim do dia te pegue ao colo e dance contigo ao som da musica que passa na rádio! Ficas muito calma e encolheste-te toda no meu colo, enquanto procuras de onde vem a música.

Continuas a bolçar muito e os babetes (com ombros...) e fraldas são uns a seguir aos outros. Pergunto-me quando é que isso vai, pelo menos, acalmar... As noites ainda não são certas, podem ser otimas (acordas uma vez) ou péssimas (acordas de duas em duas horas a pedir maminha...).

Eu cá ando... um dia a seguir ao outro, a fazermos companhia uma à outra...

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Quase 1 mês

As ultimas noites têm sido um terror!

Acordas de duas em duas ou duas e meia em duas e meia, a pedir maminha e a querer conversa. Durante o dia dormes plácidamente e eu ando uma pequena zombie.

Acabaram-se os palpites familiares de "Não se acorda um bebé", "Coitadinha da menina que está a dormir tão bem" e outras pérolas equivalentes. Chegando a casa quem não dorme sou eu porque é na minha caminha que tens ficado. Precisamos descansar as duas. Tu andas rabugenta e eu a dormir em pé...

Amanhã fazes um mês...

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Algumas coisas

O que te faz adormecer...

- aspirador;
- papá a fazer furos na parede;
- almoços de familia com toda a gente a falar ao mesmo tempo;
- andar de carro;
- andar no sling;
- rádio com musica alta...

O que te acalma (às vezes...)

- o colo da mamã ou do papá;
- festas no cabelo;
- massagens na cara;
- falar contigo com o nosso rosto a 10 cm de distância...

Outras lembranças...

As tuas unhas têm de ser cortadas todas as semanas;
Nasceste com imenso cabelo que continua lindo e a crescer;
Descobriste que se te mexeres um bocadinho, a esperguiçadeira faz baloiço;
Olhas com caa de má e zangada para as outras pessoas que se metem e falam contigo, já para não falar nas que te pegam ao colo...

A mamã...

Tem dias em que se sente no topo do mundo, com uma energia invejável e uma boa disposição contagiante; tem outros dias em que entra em desespero porque sair de casa com um bebé é o cumulo do caos com cadeirinha, sling, carrinho, aperta cinto, desaperta cinto, põe fralda, tira fralda, dá mama de 2 em 2 horas ou 3 em 3, arrota, espera que não bolse; o corpo não é o que era e 4 semanas é muito e pouco tempo para poder voltar a vestir algumas peças de roupa (ao mesmo tempo, vestir certas peças de roupa onde e como se não se consegue sair de casa?...). Na segunda feira passada iniciei as aulas de ginástica pós parto no centro. Essencialmente são exercícios para os braços e pernas, ainda não posso trabalhar os musculos abdominais. Ao mesmo tempo queria poder começar a correr, não posso saltitar muito por causa das hemorroidas e dos pontos da episiotomia, ainda frescos; as mamas estão gigantescas da amamentação e muito sensíveis; a Sra. D. Vera aguenta 20 minutos sem a mãe e abre o berreiro...Hoje estou em dia mauzinho por isso não me vou alongar muito...

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Tempo da mamã...

Também tenho direito a qualquer coisinha no blog ;o)!

Durante a gravidez tive imenso cuidado com a alimentação, pratiquei exercício fisico e o esforço compensou. Em todo o lado lia e me diziam que quanto menos engordasse na gravidez, mais fácil seria a minha recuperação pós parto e que para a bebé também seria o melhor. Para ela eu já vi que foi o melhor, nasceu super saudável e com muita genica!! Para mim, que completo 4 semanas de pos parto no próximo sábado, também já vi que foi o melhor!

Com o nascimento da bebé perdi apenas 5Kgs. Saí da maternidade com uma barriga ainda enorme e 58Kgs. Três dias depois fiquei com 55Kgs (em três dias de pouco sono e alimentação desregulada em termos de horários, mamadas e pouco movimento por causa do pontos e das hemorroidas, perdi 3Kgs). A barriga tem vindo a desaparecer. Na primeira semana tinha imensas dores lombares, quase novas contracções, era o utero a retomar o tamanho inicial. As dores desapareceram mas a barriga continuou a diminuir. Os lóquios ainda correm (o sanguinho...) mas já em muito menor quantidade. As mamas estão enormes, felizmente tenho muito leitinho ;o)!

A minha evolução pré-parto é esta:



O resto há-de ir sendo escrito!

Três semanas depois

*ufa*! Finalmente consegui um bocadinho de tempo para vir aqui escrever! Não me tens dado descanso ;o)! Agora estás na esperguiçadeira a sonecar mas já estás a fazer barulhinhos... Acabaste de mamar e estás muito sonolenta mas... nunca se sabe!!

Então, novidades! Desde que nasceste ainda só escrevi o relato do teu parto, mesmo assim demorei três dias a concluí-lo!

Por partes!

Com 4 dias de vida fomos contigo para as urgências do hospital Amadora-Sintra. Serviu-nos de emenda, nunca mais lá vamos voltar mas enfim. O que aconteceu? Quando nasceste, meia hora depois estavas já na maminha da mamã. A enfermeira que te levou à mamã foi a mesma que me extraiu o colostro da mama direita. Infelizmente ela apertou com muita força e o mamilo gretou logo, com as tuas mamadas, fez ferida. Quando mamavas, mamavas também sangue da minha ferida. Eu sei que parece horrível e nojento mas é mesmo assim e estas coisas acontecem. Aos 4 dias começaste a bolsar...sangue...vermelho vivo. Pais de primeira viagem e porque o seguro morreu de velho, ligamos para o saude 24 e fomos aconselhados a ir ao hospital. Claro que tudo não passou de um susto! Estavas optima e muito mamona! Voltamos para casa, compramos uma bomba de extracção manual e desde essa noite ao dia seguinte só mamaste da maminha esquerda que estava boa. Eu andei a aplicar um creme para as gretas do mamilo. No dia seguinte ligaram-me do gabinete de acompanhamento de grávidas do Hospital da Estefânea. Nem sabia que isso existia! A enfermeira que telefonou foi fantástica! Este uma hora e meia ao telefone comigo. Tirou-me imensas duvidas de amamentação e relativamente aos meus pontos da episiotomia.

As primeiras duas semanas foram muito complicadas. Na primeira semana o papá esteve em casa e ajudou muito. Na segunda semana foi trabalhar e eu fiquei sozinha contigo. Sem ajuda de ninguém e sózinhas o dia todo, eu não podia sair de casa porque ainda não tinha mobilidade, comecei a dar em doida. As hormonas deram comigo em maluca! Chorei segunda, terça e quarta feira. Quinta feira achei que tinha de fazer qualquer coisa, depois de chorares com birra durante sei lá quanto tempo, pus-te no sling e fomos as duas dar uma volta no bairrinho. Sexta feira o pai discutiu imenso comigo e obrigou-me a sair de casa para ir cortar o cabelo! Dei-te de mamar, coloquei-te no ovinho, saimos a correr, fomos ao Dolce Vita Tejo, cortei o cabelo e regressei: record de uma hora! Nem acordaste!! E eu senti-me optima!!

Na terceira semana o papá ficou em casa. Durante essa semana os meus pontos da episiotomia ficaram bem melhores e quase deixei de ter necessidade de usar a almofadinha em donut que a vizinha de baixo emprestou (santa mulher!!! foi a melhor coisa que alguém me emprestou!!!). Esses foram os meus maiores problemas: os pontos da episiotomia e as hemorroidas. Durante quase duas semanas tinha dores, não me podia sentar direita, não podia dar de mamar como deve de ser, andava cheia de dores de costas e ir à casa de banho era um suplicio. As hemorroidas continuam saidas, um pouco menos mas continuam saidas. Os pontos estão optimos! Já me sento à vontade e tudo! Ainda hoje me lavo duas vezes com Oleoban e duas vezes com Betadine espuma vaginal, para garantir que fico limpinha e desinfectada. Dia 26 tenho consulta com a médica, só depois de ela ver é que tenho a certeza que tudo estará bem.

Com 10 dias foste ao teu pediatra, o Dr. Gustavo, no Hospital dos Lusiadas. Está tudo bem contigo, dentro do normal e tens muita vitalidade (tradução do tens muita vitalidade: estava na hora da tua maminha e o dr atrasou-se, claro que passaste a consulta a chorar desalmadamente...).

Este fim de semana começaste a ficar mais atenta aos sons, já segues a nossa voz, e às formas que te rodeiam.

Ontem começaste a fazer festinhas no meu peito, durante a mamada, e ainda te irritaste com o pai quando ele disse que era um "reflexo" e tentou tirar a tua mão do meu peito! Fizeste um som zangado e voltaste a pôr a mão onde estava!!

Hoje de manhã sorriste para mim enquanto te dava miminhos e falava contigo!! Ainda tentei filmar mas quando saquei do telemovel e comecei a gravar começaste com uma crise de soluços!! Acabaram-se os sorrisos!! Hihihi!

Na segunda feira passada comecei com a ginástica pos parto, para experimentar. Dei-te de mamar no centro e depois tive a aula. Tu ficaste com a ama e a enfermeira Vera. Quando a aula terminou estavas com uma cara zangada ao colo da enfermeira. Acordaste e bolçaste durante a minha ausência e não gostaste que fosse uma estranha a mexer-te! Hoje tive aula outra vez. Mamaste em casa e adormeceste no caminho para lá. Levei-te de sling e deixei-te a dormir na almofadinha. Fui para a aula. A 5 min do fim foram-me chamar porque estavas a chorar... O que aconteceu? Acordaste, não gostaste da cara da ama e destaste a berrar! Claro que assim que viste a mamã parou a choradeira! Hihihi! É só miminho!

As tuas mamadas deram-me dores de cabeça. Os intervalos deviam de ser de cerca de 3h. Tu fazes 2h e já começas a rabujar. À noite portas-te melhor e faze 4 a 5h de intervalo, na noite passado fizeste 6h!! Foi otimo! Deixaste a mãe descansar a maminha! Claro que a mamita encheu imenso e estava carregadinha de leite esta manhã!!

Tenho muitas fotografias no telemovel para descarregar, incluindo fotografias da mamã com a fralda que me deram na maternidade antes de nasceres, por me terem rebentado as águas, mas isso fica para outra altura!

Beijos da mamã!

sábado, 17 de outubro de 2009

E tu nasceste...

No dia 09 de Outubro tinha CTG e consulta marcada, no Hospital da Estefânia. Fazia nesse dia 40 semanas + 1 dia, uma sexta feira. Às 7:00 acordei com uma dor muito forte na zona lombar. A dor veio... ficou um pouco...desapareceu. "Humm?... Querem ver?..." Às 7:30, nova dor... "bem... é melhor ir já para o hospital, mal por mal chego mais cedo e sempre veêm o que se passa..."

A consulta estava marcada para as 10:40 por isso cheguei pouco depois das 9:00 para fazer o CTG que eu já sabia que ia demorar um pouco mais. Esperei, esperei, esperei... e perto das 11:00 fui à recepção saber porque ainda não me tinham chamado, será que as enfermeiras se esqueceram de mim?! "Ah, perdemos o seu processo e ainda não o encontrámos..." "E era suposto eu ser informada disso exactamente quando??? Vá, procurem lá o processo que eu não tenho nada a ver com isso!"

Meia hora depois fui chamada para o CTG. "Sabe enfermeira, tenho tido algumas contracções... com DOR!" "Ah, estão aqui registadas, oh filha se isto lhe doi olhe que o parto vai ser de doidos! Mas ainda está aqui para durar, isto não é nada!"

Sendo assim...

Às 12:30 recebo indicação da minha médica que o melhor era ir "coer qualquer coisa" que a consulta ainda ia demorar um pouco. Fui comer um croissant com queijo e um leite com chocolate (qualquer coisa, certo?...). Às 16h ainda eu estava na sala de espera das urgências à espera que me chamassem para a consulta... 16:30, "Entra Ana, vais ser examinada pela minha colega que eu já te vou ver." A colega inicia a consulta com uma ecografia, "Está com pouco líquido amniótico...vamos examinar o colo do útero", "Dra. vai examinar o colo do útero ou vai-me fazer o toque?" "Vou examinar o colo do utero" "Tem a certeza..." "Tenho a certeza". Claro que não tinha a certeza e fez-me o toque. Lamento informar. São dores horríveis. Contorci-me toda, tentei concentrar-me em manchas no tecto, na minha bebé, no salvem as baleias e tudo o mais, não há hipótese. Dói comó caraças e é de bradar aos céus! Assim que saí da marquesa, a vontade de chorar de dor e de raiva a explodir, a única coisa que disse à médica foi que nunca mais me ia tocar com um dedo sequer! Sorte a minha, era estagiária e realmente não voltou a tocar :p...

Ordem de regressar pelas 19h para nova avaliação.

Telefonei ao papá em prantos. Doía muito o que ela tinha feito e eu precisava dele comigo para me dar apoio. O papá estava a trabalhar em Oeiras mas pediu-me para ir andar um pouco, comer qualquer coisa que ele vinha ter comigo o mais depressa possível. Andei, andei, andei... Fui comer uma tosta de queijo e um copo de leite e o papá chegou. Trânsito de sexta feira, impossível, horrível! "Vamos para casa, comemos qualquer coisa e voltamos mais tarde. Como não temos jantar feito vamos buscar um franguinho e comemos antes de ir." As dores começaram mais fortes pelas 17:30, já estava no carro com o papá. Quando chegámos à churrasqueira, o papá disse para eu ficar no carro que ele ia buscar o frango. Tudo bem, pensei "Vou só esticar as pernas ali no banco de trás porque dói tanto :o(..." Assim que me sentei no banco de trás do carro senti *pof*! como uma bolha de água a rebentar no colo do útero. "Ai o banco do carro do homem! Que ainda o sujo com esta água toda!!!" Eu em trabalho de parto e só me lembro de não sujar o banco do carro... Eram 18:20. Saí do carro a correr para a churrasqueira e segredei ao papá "Despacha-te! Rebentaram-me as águas!!" "Calma, o que é preciso é calma... sabes que temos tempo... vamos a casa, comes qualquer coisa e tomas um banho" "ok..."

As contracções que estavam com 7 minutos de intervalo, dispararam automaticamente para 3 minutos de intervalo. Chegámos a casa, corri para a banheira, a água quente acalma um pouco mas não acalma tudo! As dores eram muitas e muito seguidas. Não era suposto ser assim! Não comi nada, só queria ir para a maternidade!

Chegámos por volta das 19h. Os intervalos mantinham-se no 3 minutos com a dor a aumentar. Chamaram-me para nova avaliação e quem aparece? A estagiária da parte da manhã. "Esqueça. Você não me vai tocar! Se depender de mim e de si, a minha filha não nasce!" Devo de ter sido convincente porque ela foi chamar a minha médica. "Deita-te Ana, vou ver o colo do utero." "Vai doer? Sim ou não?" Olharam uma para a outra e não disseram nada. "Sim ou não? Você já me conhece há muitos anos, vai doer ou não?" "Vai Ana, apartir de agora, tudo vai doer sempre um pouco" "Ok" Deitei-me na marquesa, ela observou-me, doeu-me brutalidades, mas não me mexi. Prefiro saber com o que conto para me preparar psicológicamente, bom ou mau.

Fui admitida, levaram-me para o andar de cima. Vesti uma fralda enorme por causa das águas e uma bata, aberta atrás. Fiquei no quarto 1, do piso da maternidade. Apartir daqui deixei de conseguir saber as horas direito. O papá veio ter comigo e acompanhou-me sempre durante as contracções. Os intervalos eram completamente desregulares, as dores inconstantes, de me levar quase a estados de inconsciência ou de mal as sentir. O papá sempre sempre comigo, calmo, sereno, em total controle da situação. Quando já quase não aguentava chamei o enfermeiro (enfermeiro Carmo, 5 estrelas, excelente profissional, calmo e objectivo), preciso de nova avaliação. Sete horas depois de as contracções começarem a sério, eu ainda só tinha 3 cm de dilatação... Não aguentava mais. "Quer epidural?" "Sim, quero!".

Transferiram-nos então para o quarto 2. Esse quarto já estava todo equipado para tu nasceres. O enfermeiro chamou a anestesista, eu deitei-me e aguardei. Quando a anestesista chegou mandou-me sentar, colocar em posição e preparou-me. Assim que me deu a anestesia, as dores acalmaram... acalmaram... acalmaram... em 15 minutos já só sentia os musculos contrairem... e descontrairem... "Vá, agora tente relaxar um pouco, vai correr tudo bem!" Mas quem é que consegue relaxar numa cama de maternidade quando tu estás quase a chegar?!? O papá adormeceu mas eu só olhava para o registo das contracções no ctg. Passadas quase 2 hrs recomecei a sentir dor, forte e muita dor! Chamei o enfermeiro, chamou a anestesista, que já era outra, estavam em troca de turno. Conversa, conversa, ela tem uma filha adoptada e que o parto dela não lhe custou nada e lá vai segunda dose de epidural! Acalmou tudo novamente... desta vez consegui dormir um pouco.

Acordei. "Hum... acho que a epidural está a passar novamente... espera... que pressão é esta no anus?... BEBÉ?!?! És tu?!?!" Chamei o papá! " A bebinha deve de estar a querer nascer!! Vamos chamar alguém!!!" "É impressão tua... Passou tão pouco tempo... Vá dorme mais um pouco..." "Não, não é impressão minha, chama alguém por favor!" "Tem calma, vá... espera um pouco..." " :p! Eu chamo!!" E toquei a campainha!

Antes de aparecer o enfermeiro,entrou na sala a Dra. Carla. "Então Ana? Como estás? Como é que isso está a correr?" "Acho que ela quer sair Dra. ..""Vamos lá ver isso, eu mesma faço o toque. Olha... sim, aqui está! Prontinha para sair! Vamos já tratar disto!! Enfermeiro Carmo! Está aqui mais um para sair!!" "VÊÊÊÊÊÊÊÊÊÊS???? VÊÊÊÊÊS como eu tinha razããããão????" (isto foi a mamã a dizer ao papá...).

Apartir daqui foi a correria total. Eu ainda não sentia dores mas a pressão ao nivel do anus aumentava muito. O primeiro problema foi montarem a marquesa de partos... Eu já estava deitada na cama mas ainda não tinha, de lado, os apoios para as pernas. "Dra. não se preocupe, eu faço força noutra posição qualquer!!" "Não, isto tem de ser montado!", o papá "Espere lá que isto é simples..." Eu quase a ter-te e o pai e a médica a decidirem como montar os apoios das pernas da marquesa... " NÃO OLHES PARA AQUI!!! DRA! QUERO UM LENÇOL! TAPE-ME QUE O MEU MARIDO NÃO PODE OLHAR PARA AQUI!" " Então mas você não quer assistir ao parto homem?!" "Ele quer assistir mas é aqui ao meu lado! Não vai olhar para lado nenhum a não ser o que eu vir!! Tenha dó da minha vida conjugal!!!" "Ok, ok, tome lá o lençol..." À minha volta o caos, a confusão, o enfermeiro aumentou um pouco a luz (fiz a dilatação na penumbra, foi optimo!), a parteira entrou na sala, tudo preparado, nem me lembro se entrou mais alguém, "Ana vais começar a fazer força quando sentires as contracções, queres que te diga quando elas vêm?" "Não dra., eu sinto a pressão!" Fiz força algumas vezes mas nada acontecia "A sua mulher faz muito desporto, não faz? Tem aqui um períneo rijo à prova de bala! A miuda não passa aqui nem por nada!" Uma pessoa a pensar que o desporto faz bem à saude... Só me conseguia concentrar em fazer força... "Páre, agora não faça força, aguenta, aguenta" "Eu aguento, *respira*, eu aguento, *respira*!" "Força Ana! Faz toda a força agora!!" Neste momento eu fui cortada e foram utilizados forceps para o apoio ao parto. Só ouvi a médica dizer, "Já está aqui, já está aqui, venha aqui buscar a sua bebé!!" "Porra (pensei eu... e de repente pareceu-me ver tudo em camara lenta...) como é que esta gaja quer que eu, nesta posição, vá buscar a minha bebé?! E o papá tem ordem de não olhar, passou-se ou quê?!!..." Ainda antes de terminar esta pensamento ouço o teu choro... e vejo-te coberta de sangue ser colocada na meu peito, estavas quente e choravas muito, com toda a força que conseguias!! Fiquei sem palavras e o papá só disse "Bebé! Oh bebé!" E tu abriste muito os olhos e olhaste directamente para o papá! Reconheceste a voz dele e foste logo buscar o rosto da voz...

Minutos depois o enfermeiro veio buscar-te, levou-te para a luz quentinha ali ao lado, para te limpar e tratar. Eu já estava a ser cosida e massajada no utero para a placenta sair mas só conseguia olhar para ti e para o papá que me deu beijinhos. O papá lembrou-se da máquina fotográfica que tinha levado. O enfermeiro estava cheio de problemas, não queria que o papá tirasse fotografias e o papá disse sim sehor, não vou tirar, mas tirou, tirou o som da máquina fotográfica e tirou-te fotografias assim pequenina e acabadinha de nascer!

"Oh Dra., você está-me a coser, não está?" "Estou, porquê? Quer que páre?" "Não, veja lá é se faz aí um trabalho bonito, tipo cosa isso a ponto cruz ou assim" "Ponto cruz não sei, só se for arraiolos." "Serve Dra., desde que fique bonito!"

"Agora o papá vai-se embora, adeus e até amanhã!! Adeus, adeus!!" Expulsaram-no da sala. Eu fui levada para a sala de recobro, onde já estavam outras duas mamãs. Foste a ultima bebé a nascer naquela madrugada. Pouco tempo depois trouxeram-te para perto de mim. "Quer dar de mamar?" "Claro!!!" "Então vou-lhe ensinar".

E dei-te de mamar pela primeira vez...

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Hoje era a DPP que a médica sempre referiu. Na quinta feira passada, durante a consulta, reconsiderou e adiou para 15 de Outubro, perante o colo do utero ainda muito "verde".

Na próxima sexta feira voltamos à maternidade para o CTG da ordem e a revisão do colo do utero. Até lá vou continuar a passar as noites em branco, as insónias há muito que fazem parte das minhas noites; a arrastar-me durante o dia porque a barriga enorme não permite outro modo de deslocação; a arrancar olhares curiosos de cada vez que entro numa loja de roupa ou numa perfumaria porque, aparentemente, as mulheres grávidas não compram roupa nem maquilhagem; e sim, a ter este ar completamente de rastos, rebentado e assassinado com que me tenho levantado todos os dias ultimamente porque, efectivamente, estou fisicamente esgotada...

39 sem + 6 dias



Balanço do dia:

2hrs de caminhada de manhã
1hr de caminhada na praia à tarde
subida e descida de escadas...

não queres mesmo sair da minha barriguinha, pois não?...

aqui entre nós... o que é que se anda a passar aí dentro de tão espectacular que não queiras vir cá para fora?...

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

39 semanas

Tu
não
queres
sair
da
minha
barriga!

Ontem fizeste 39 semanas na minha barriguita e parece que as coisas aí dentro continuam bem boas! Fomos à médica fazer o CTG e só porque me "queixei" das contracções que tenho tido é que ela fez o toque, para ver "o programa das festas".

Resultado: o colo do utero continua fechadinho, muito verde e, apesar de á se sentir a tua cabecinha, as coisas ainda não estão para breve. Inicialmente estava prevista uma data de parto para 8 de Outubro, a médica ontem disse que já considerava esperar por 15 de Outubro e só depois, se nada acontecesse, pensar em provocar o parto...

Tenho a comunicar-te que vou começar a comer porcarias e a deixar de fazer exercício! *risos*! Ando a dar-te uma vida muito boa e não queres sair cá de dentro, ah pois é!!

Agora a sério, já me tinha mentalizado para um limite a 8 de Outubro e a consulta de ontem deixou-me um bocadinho em baixo. Nos ultimos dias tenho-me sentido no limite da minha capacidade fisica, canso-me com muita facilidade, provavelmente ao fim de duas horas a andar é natural que esteja cansada mas a única coisa em que penso é que antes não me sentia assim ao fim dessas mesmas duas horas num ritmo muito mais rápido, fazer o quê? O aumento de peso, que é natural que continue a acontecer, também me incomoda: mais peso, menos mobilidade, maior cansaço...

Tens tempo para nascer mas... vê lá se metes uma "cunha" para vir "dentro do tempo", pode ser?... ;o)!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

38 semanas

O fim de dia ontem foi de pura preparação.

No Sábado à noite tivémos jantar cá em casa. Convidámos os primos, os tios e os avós e fizémos quase uma "despedida" da barriga porque só podes estar quase para chegar! Apesar de a limpeza da casa e a refeição ter sido feita com muita calma, foi um bocado cansativo e quando todos se foram embora, só me consegui deitar no sofá de rastos! O cansaço era tão grande ou tão pouco que às três da manhã ainda estava de pestana aberta, sem conseguir dormir! Obriguei-me a ir para a caminha e lá consegui descansar, pouco, até ter de me levantar novamente para o xi-xi da praxe :p!

Ontem foi a festa de anos do primo Miguel que já fez 15 anos. Estavam lá muitos meninos e foi bom estar novamente com os tios, os avós e os manos da tia Paula mais a Mariana, que é a tua amiga pequenina e que está à tua espera. Mas eu não me sentia muito bem... tinha fome, queria estar no miminho com o papá e só queria estar em casa descansadinha, a ver televisão ou a ler... O papá não parava quieto e só jogava ping-pong, basketball ou futebol com os amigos do Miguel mas às 20h lá o consegui tirar da festa para virmos para casa.

E começou a festa...

Assim que troquei de roupa para ficar mais confortável e comecei a fazer o jantar, começaram as contracções... Não foram contracções dolorosas, apenas as de Braxton-Hicks, mas até essas, quando duram quase 2h, são esgotantes... As contracções eram seguidas, com intervalos de segundos e nesses intervalos tu só mexias, esticavas-te, empurravas a barriga. Algum tempo depois de as contracções começarem, começaram moinhas nos rins e eu a ver a minha vidinha a andar para trás! Ainda me sentei à mesa e comi a sopa mas depois não consegui aguentar mais, tive de me deitar um pouco no sofá, pernas para cima, enquanto falava contigo e fazia festas na barriga. Tentei acalmar-te, dizia que tudo estava bem, que tinhas de ter calma mas nada feito... fui tomar um duche bem quente e aí acalmámos as duas, foi bom. Assim que saí do chuveiro recomeçaste a esticar-te :s! As contracções diminuiram o espaçamento mas tu não paraste de te mexer. O meu batimento cardíaco disparou assim que as contracções se iniciaram e só acalmou muito mais tarde. O papá fez massagens, colocou a mão bem quente nas costas... e tu foste acalmando... e eu fui ficando cada vez mais de rastos.. fisicamente foi muito cansativo... seriam umas 20:30 quando as contracções começaram, só acalmou tudo por volta das 22:30...

Eu sabia que não seria ontem que tu ias nascer mas fiquei preocupada, não sabia bem o que esperar.

Nestes dias tenho sentido as mãos e as pernas inchadas. Estou a fazer muita retenção de líquidos nas pernas. As borbulhas não têm ajudado nada, as comichões acordam-me de noite. As borbulhas da barriga já desapareceram, secaram, mas as dos braços e nas pernas fazem uma comichão doida. Toda a gente diz que só depois de nasceres é que as comichões vão passar, nem sei o que pensar :s...

Estamos à espera. Estou num misto de ansiedade por te conhecer e se receio porque não faço ideia de como será o parto. Sei que vai correr tudo bem, o papá vai estar connosco e sei que as enfermeiras e as médicas do hospital são muito simpáticas, atençcosas e profissionais mas fica sempre o receio do desconhecido...

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

37 semanas + 1 dia

Hoje foi dia de prendinhas!! Como não pôde ser ontem, hoje ganhámos a nossa prenda de 37 semanas! Fomos fazer uma pedicure spaaaaa! Os pezinhos foram esfoliados, hidratados e as unhas cortadas, limadas e pintadas, tudo com produtos super exclusivos, massagens ma-ra-vi-lho-sas e muito estado zen!

Acho que adormeceste durante a sessão porque ficaste super quietinha e os pontapinhos do costume só apareceram depois da pedicure terminada!

Para finalizar em beleza, quando ia pagar reparei que a carteira não estava na mala... ou a tinha perdido ou estava caída no carro... a vergonha de a senhora do spa achar que eu queria fugir sem pagar! :S! Deixei a mala e tudo no spa e fui a correr ao carro já a fazer contas à vida da trabalheira que ia ter a requisitar novamente os documentos todos! Felizmente a carteira estava caída no chão do carro ;o)! Tudo terminou bem!

Parabéns filhota! Falta tão pouco para nasceres! Amo-te!


quarta-feira, 16 de setembro de 2009

36 semanas + 6 dias

Espectativas

Espero que sejas tu mesma.

Ontem tivémos um fim de dia complicado. Passámos o dia em casa, a pôr em dia tudo o que havia para pôr: lavar a loiça, fazer a sopa, cozinhar o jantar no forno, passar a ferro, arrumar ainda mais algumas coisas no teu quarto... Quando o papá chegou foi só jantar, ver um bocadinho de televisão e sair para ir ao centro comercial comprar as prendas da tia, do primo e da amiga, que fazem ou fizeram anos este mês. Quando o papá chegou, para variar, fez logo muitas festinhas na barriga. Mas as festinhas do papá não são como as da mamã... é que o papá gosta de sentir tudo na barriga e a cada festa pressiona um bocadinho para tentar perceber onde está o quê... resultados possíveis: se estás a dormir, acordas; se estás acordada ficas ainda mais agitada; qualquer outra coisa que eu não consigo explicar!

Ontem optaste pela terceira opção... assim que o papá acabou de fazer as festas ficaste mais agitada (ontem estiveste o dia todo meio molinha, a mexeres-te muito devagarinho...) e começaram umas dorzinhas parvas nos rins da mamã... Fiquei danada! Avisei logo o papá que não voltava a mexer na barriga! Estou cansada de o avisar para não ser tão bruto com as festas porque estimula o útero mas ele não quer saber! Para a coisa ser ainda melhor, enquanto andavamos pelo centro comercial as dores começaram a ficar mais intensas... a barriga rija... e a intervalos de 10 minutos em ficava quase em branco, sem conseguir pensar... foram dores que me deixaram de rastos mas eu não quis parar de andar, forcei-me a andar para ver se conseguia regularizar mais o que começou por ser irregular, regularizou para os 10 minutos e voltou a irregularizar. Perto das 23:30 o meu cansaço venceu e o desconforto também. Só queria voltar para casa, tomar um banho bem quente e deitar-me no sofá com as pernas elevadas.

Assim que cheguei a casa o banho quente fez maravilhas e senti o meu corpo e o teu corpo a relaxarem com a água que nos molhava... As dores desapareceram mas a moinha chata permaneceu. Devagarinho apliquei o óleo e o creme na barriga e pareceu-me que adormeceste... Quando me deitei no sofá foi uma sensação de náusea e mau estar que me invadiu! Não consegui permanecer deitada, tive de me levantar, e senti uma necessidade absurda de comer qualquer coisa muito doce! Fui buscar daqueles iogurtes que o papá adora e que eu nunca como porque são demasiado doces para mim, que têm polpa de fruta por cima e iogurte por baixo. Agora que penso nisso fico logo enjoada mas ontem comi-o em pedacinhos e soube-me melhor do que qualquer outra coisa!!

Adormeci de cansaço no sofá, deitada sobre o meu lado esquerdo, contigo na barriga bem descansadinha como se nada se passasse.

Acho que nos estamos a preparar para finalmente conhecer ;o)!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

36 semanas + 5 dias

Espectativas

Espero que encontres serenidade.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Pré-parto

À medida que o dia D se aproxima (a médica diz que é 8 de Outubro...) eu também me aproximo do meu limite fisico... A evolução do peso tem sido religiosamente documentada em excel, não fosse a mamã uma mulher de números e de registos, e assim que possível, logo a segir ao pós-parto, eu coloco aqui a evolução total de tudo.

Fisicamente tenho-me sentido muito bem aparte o que considero normal na gravidez: ligeiro inchaço de pés (mais o pé esquerdo) e gémeos (os dois); muitas dores lombares que já me começam a acordar à noite e mal conseguem tirar da cama de manhã (o papá tem de fazer pressão na minha zona lombar para as dores acalmarem, já não tenho posição para dormir que evite estas dores); dores na bexiga de cada vez que há movimentação no T0 (a posição pélvica GARANTE que cada vez que a bebé se mexe é apoiada na minha bexiga :s a cabeçinha pequenina tem uma força do catano quando toca a pressionar!!);
o cansaço generalizado (creio que é mais consequência da anemia do que de outra coisa...) e a retenção de líquidos que me tem deixado doida! Este fim de semana tirei umas fotos de corpo inteiro e não me reconheci!! Mesmo! É absolutamente extraordinário sentir a vida da minha filha dentro de mim, sentir todas as mudanças que se têm manifestado em mim desde que ela foi gerada mas ao mesmo tempo, quando me vejo frente a frente com as reais mudanças fisicas em mim... faz muita muita confusão...muita confusão... e isto é algo que mais ninguém entende a não ser quem passa por isso, quem pára no tempo e se encara da forma que eu encarei. Tenho muito boas intenções de retomar o exercício pós parto assim que possível mas ao mesmo tempo tenho receio de me sentir tão cansada, tão exausta e abatida que não consiga sequer ter força para o que quer que seja! Isso preocupa-me bastante e por mais que acredite que "pre-ocupação" não passa disso mesmo de "pré"-"ocupar-me" de algo que ainda não aconteceu, é difícil afastar da cabeça que já falta muito muito pouco para a minha fraldinhas nascer e que neste momento eu já me arrasto literalmente sem saber bem o que fazer a não ser esperar...

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Recuperação pós-parto

Mais uma boa matéria sobre o assunto, genérica mas com pontos de relevo interessantes:

Maternidade consciente

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

CTG e consulta

Hoje de manhã fomos até à maternidade.

Eram 9h em ponto quando entrámos as duas pelo portão do hospital-maternidade. Dirigi-me às consultas externas de gravidez e gineclogia mas a doutora só acabou de ver as outras grávidas que já estavam no periodo de dilatação pelas 9:40. A essa hora mandou-nos fazer o CTG para depois irmos ter com ela, novamente, à consulta.

O CTG é feito numa sala pequenina, pelas enfermeiras. Colocaram-me um disco com gel ao lado do umbigo que detecta e monitoriza o batimento do teu coração. Mais acima, onde termina o utero, colocaram outro disco, sem gel, para controlar eventuais contracções que já estivesse a ter. Depois deixaram-nos na salinha, a ler um livro e tiraram o som ao equipamento :p... baixinho, muito baixinho, eu conseguia ouvir o teu coração que batia bem forte e compassado!! Pouco depois chegou outra grávida e como o equipamento dela estava com o som mais alto deu para ouvir e comparar o teu coração com o do filhote dela... o coração do outro bebé era muito mais rápido mas não tinha a "presença" que o teu tem! Lembrei-me logo das nossas sessões no ginásio! Que bem que te está a fazer! Fartei-me de ler sobre os benefícios do meu exercício durante a gravidez, que fortalecia o teu sistema cardíaco e respiratório mas ouvir assim o teu coração faz toda a diferença!!

Saímos do CTG e esperámos, esperámos, esperámos... A consulta correu bem. Tivémos a confirmação de que estava tudo optimo com o CTG, eu ainda não tenho contracções (estás mesmo bem na minha barriguinha :D!) e as análises estão muito bem. Continuo com anemia mas isso também já seria de esperar. Mantemos as doses de ferro do costume.

Já temos nova consulta e CTG marcados. Até lá, precisamos de descansar as duas!...

36 semanas

Espectativas

Espero que tenhas sempre confiança em ti mesma!
Eu confio em ti!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Morning yoga

E o exercício em casa começa...





O "xotaquezinho" em inglês é espectáculo mas os exercícios são óptimos para o relaxamento geral.

Amanhã:

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Carta

Hoje em conversa com uma amiga, já mãe, fui aconselhada a aproveitar os ultimos momentos a sós com o marido, depois a vida muda, tudo muda, tudo se altera.

Para ser sincera já tudo mudou, tudo se alterou... todas as prioridades, todos os pensamentos, todos os actos se alteraram no dia 2 de Fevereiro, quando o teste de gravidez deu positivo. Tudo se continuou a alterar no dia em que perdi sangue, na manhã em que fui pela primeira vez às urgências da maternidade, sem saber bem o que me esperava, na manhã em que pela primeira vez vi o feijão de vida que crescia dentro de mim, na manhã em que ouvi o médico dizer "Vê aqui o coraçãozinho do seu bebé a bater? Está tudo bem com ele! Não precisa de se preocupar! Agora vamos fazer o resto dos exames..."

É natural que após o teu nascimento muito mais coisas de alterem. Só podem alterar. Uma vida que sempre foi vivida a dois vai passar a ver vivida, convivida e partilhada a três. Vamos conhecer-nos, apresentar-nos e passar o resto da vida a pertencer uns aos outros. Teremos os nossos espaços, as nossas maneiras de viver e conviver mas seremos os três.

Espero que nos saibamos respeitar nos nossos limites de pessoas, nos nossos limites de vida, de maneira de ser e encarar as vivências uns dos outros.

Apesar de estar rodeada pela minha mãe e, ainda que à distância, pela minha sogra, o apoio e acompanhamento que tenho tido tm sido todo do papá. O papá tem sido o melhor amigo, pai, marido, homem do mundo que te ama tanto, tanto e tanta companhia me tem feito, sempre apoiando a cada passo e suportando cada decisão que tomamos.

Apesar da presença de outras mulheres já mães na minha vida, o apoio delas tem sido praticamente nulo por não saberem melhor nem mais ou simplesmente por nem se importarem e acharem que não vale a pena. Eu sei que vale a pena. Sei que para eu estar bem, sengura e serena, para que tu estejas bem, a crescer saudável dentro de mim, eu preciso aprender e saber como estás, o que tens feito, como tens crescido. Ainda só te vi quatro vezes mas sei que és feliz na minha barriguinha... eu e o papá damos-te muitos miminhos, brincamos muito contigo, falamos muito contigo... e tu reages sempre com ondinhas e pontapés!

Espero, filha, que ao cresceres, eu cresça contigo, aprenda contigo. Espero que encontres em mim e no papá portos seguros onde possas sempre voltar; espero que saibas que estamos sempre de coração aberto para te receber, abraçar e ouvir; espero que reconheças as minhas opiniões como conselhos de quem mais te ama no mundo inteiro. Só quero que sejas feliz, que te encontres no mundo e te sintas realizada como pessoa e como mulher, que encontres a segurança no amor que o teu pai me dá.

Nunca te esqueças, acima de tudo, do quanto te amamos!

35 semanas + 4 dias

Espectativas

Espero que encares os problemas de frente e lutes por aquilo em que acreditas!

À medida que o tempo passa a realidade fica cada vezmais real.

Desde ontem que estamos as duas em casa. O stress do trabalho (ou da falta dele) e a tua agitação começavam a pesar ao fim do dia fazendo-me sentir completamente de rastos. De uma forma geral sinto-me bem, ainda consigo fazer tudo. O papá não me deixa pegar em coisas pesadas e só tive de diminuir a rapidez com que faço as coisas para não ficar com falta de ar nem me sentir excessivamente cansada. De manhã está sempre tudo bem mas ao fim do dia sinto-me super inchada, as pernas gigantescas, acima de tudo as pernas, sinto-as duplicar de tamanho! Por um lado mal posso esperar por poder voltar a treinar a sério! Desde os 4 meses de gestação que caminho na pasadeira, aliás, até já diminui a velocidade da passadeira! A determinada altura tornou-se impossível caminhar contigo na barriga a uma velocidade de 5 Km/h... a sessão de esperguiçadeira, pontapés, murros e cabeçadas eram de tal ordem que os meus orgãos internos se reuniram e acharam conveniente abrandar o ritmo. A 4,5 Km/h sentes-te mais embalada e até ao momento não tens reagido mal. Quando chegamos a casa é que o festival começa!! Mas eu gosto de te sentir assim, agitada, com vida e a brincar connosco quando passamos a mão na barriga e te damos miminhos!

De manhã mexes-te mais devagarinho, como se estivesses a acordar e a esperguiçar. Um bocadinho agora, mais um bocadinho depois... com calma... à medida que o dia avança começas a ficar com mais energia mas é a noite que ficas mesmo agitada! A minha barriga fica toda deformada, cheia de altos estranhos com pezinhos, joelhos e rabitos espetados por tudo quanto é lado! Se antes conseguiamos saber exactamente o que estava onde, neste momento estás tão grande que já estás em todo o lado! Já mexes tudo e a tua diversão preferida é brincar às escondidas com os teus pés da mao do papá! O papá pressiona o teu pezinho e tu tentas fugir com ele pela barriga toda! Sabes como ganhas sempre ao papá? Acabas por esconder o pézinho dentro da barriga, em vez de mesmo junto à pele! O papá fica danado porque te perdeu o pézinho mas acredito que tu fiques a rir dentro da barriga "Enganei-o outra vez!!"

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

35 semanas + 3 dias

Espectativas

Espero que te rodeies de Amigos sinceros!

domingo, 6 de setembro de 2009

35 semanas + 2 dias

Espectativas

Espero que sejas serena...

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

35 semanas + 1 dia

Espectativas

Espero que saibas ser e sejas livre!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

35 semanas

Espectativas (7)

Espero que me deixes aprender contigo!


quarta-feira, 2 de setembro de 2009

34 semanas + 6 dias

Espectativas (6)

Espero que te sintas a mais amada!

"Estreptocoiso" do grupo B

Com o final da gravidez a aproximar-se, começam a rodear-me nomes em "medicalês" e "quimiquês", que os profissionais se esquecem de explicar o que são, o que fazem e como se podem tratar...

A ultima novidade é a análise à Infecção Neonatal pelo Estreptococo do Grupo B... que, como o próprio nome indica, é um coco... Não, não estou a abrincar, é a Wikipédia que o diz: "São cocos que se agrupam em colônias lineares ou em pares. Com técnica Gram, as características da sua parede celular, com parede celular grossa e membrana simples, determinam coloração roxa (Gram-positiva). São imóveis, já que não possuem órgãos de locomoção (como flagelos e cílios). Nenhum fabrica a enzima catalase, sendo, portanto catalase-negativos, uma distinção importante contra os Staphylococcus."

Está mais claro agora?... Quem quiser ler a descrição na íntegra e ficar ainda mais "esclarecido" sobre o tema deverá seguir para Wikipédia

Infelizmente a minha formação em química ficou sossegadinha no primeiro ano de faculdade, pelo que me remeto à minha abençoada ignorância e decidi procurar textos mais leigos...

Prevenção da Infecção Neonatal pelo Estreptococo do Grupo B
Escrito por Rafael Frederico Bruns | 19 Julho 2009


O Estreptococo do Grupo B (EGB ou GBS em inglês), ou Streptococcus agalactiae é atualmente considerado um dos principais agentes acusadores de infecção neonatal precoce, podendo causar o óbito em cerca de 25% dos casos. O trato gastro-intestinal é o reservatório natural do Estreptococo do Grupo B que pode colonizar de forma transitória, crônica ou intermitente a vagina ou o reto de até 30% das gestantes.

A letalidade desta infecção materna é baixa. A colonização por este agente no final da gestação é o principal fator de risco para sua transmissão ao feto, particularmente após a ruptura das membranas ou o início do trabalho de parto. Diante da gravidade desta infecção para o recém-nato o CDC (Centers for Disease Control and Prevention) elaborou em 1996 um protocolo de prevenção desta infecção que foi revisado em 2002. Resumimos aqui as principais recomendações:

Pesquisa universal (para todas as gestantes) da colonização do estreptococo entre 35 a 37 semanas de gestação. O método de rastreamento é baseado na cultura de secreção vaginal e retal, colhidas por SWAB para Estreptococo do Grupo B.


Durante o trabalho de parto ou no momento da rotura de membranas a quimioprofilaxia deve ser administrada para todas as gestantes colonizadas pelo estreptococo. A colonização em uma gestação prévia não é indicação de quimioprofilaxia em gestações subsequentes. O rastreamento do estreptococo em cada gestação é o que determina a necessidade de quimioprofilaxia.


Mulheres com estreptococo identificado em culturas de urina (em qualquer concentração) durante a gravidez devem receber a quimioprofilaxia intra-parto. O rastreamento entre 35 a 37 semanas não é necessário para pacientes com culturas urinárias positivas para o estreptococo.


Mulheres que tiverem um filho anterior com infecção por estreptococo devem receber quimioprofilaxia e o rastreamento entre 35 a 37 semanas não é necessário nestas pacientes.


Se o resultado do rastreamento não é conhecido, a paciente deverá receber quimioprofilaxia nos seguintes casos: (1) Trabalho de parto em idade gestacional inferior a 37 semanas; (2) Tempo de rotura de membranas superior a 18 horas; (3) Apresentar febre durante o trabalho de parto (≥ 38°C) . Se o resultado da cultura for NEGATIVO dentro de até 5 semanas antes do parto, a quimioprofilaxia não é indicada mesmo que os fatores de risco estejam presentes.


As pacientes devem ser informadas do resultado da sua cultura e nos casos onde não houver infecção urinária antibióticos não devem ser utilizados antes do parto para tratar as seguintes situações: (1) Colonização pelo estreptococo - o tratamento da colonização do estreptococo não é eficaz em reduzir a doença neonatal pois após o tratamento a paciente é rapidamente recolonizada; (2) Pacientes colonizadas com cesárea planejada e realizada antes da rotura de membranas e do início do trabalho de parto.


Para a profilaxia intraparto o seguinte regime antimicrobiano é recomendado: penicilina cristalina 5 milhões de unidades endovenoso como dose de ataque e 2,5 milhões endovenoso a cada 4 horas até o parto. Como segunda linha pode ser usada a ampicilina 2 g endovenoso de ataque e 1 g endovenoso de 4 em 4 horas até o parto. No caso de pacientes alérgicas a penicilina deve-se usar eritromicina (500 mg EV 6/6h) ou clindamicina (900 mg EV 8/8h), dependendo da sensibilidade do estreptococo na cultura, pois há relatos de resistência desta bactéria a estes antimicrobianos. O uso de vancomicina (1 g EV 12/12h) está reservado às pacientes alérgicas à penicilina e cuja cultura mostrou resistência a eritromicina e a clindamicina.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

34 semanas + 5 dias

Espectativas (5)

Espero que sejas linda!


segunda-feira, 31 de agosto de 2009

34 semanas + 4 dias

Espectativas (4)

Espero que te sintas sempre em casa...

Exercício pós-parto e amamentação

Desde que engravidei que a minha preocupação pela minha saúde e pela da bebé foi colocada em primeiro lugar. Se já antes tinha cuidado com a alimentação e sempre que podia praticava exercício físico, esse necessidade tornou-se urgente à vista do resultado positivo do teste!

A médica não foi carne nem peixe quando lhe perguntei se podia praticar exercício físico. A médica não foi carne nem peixe quando lhe perguntei sobre a minha alimentação, a única resposta que lhe ouvi foi um “faça de acordo com a sua consciência”, presumi que o mesmo se aplicasse ao exercício.

Durante a gravidez adoptei os hábitos que já referi aqui algumas vezes e que não vale a pena repetir.

Apartir do momento em que esses hábitos se instalaram e tornaram rotina, comecei a pensar no pós parto. Por mais pesquisa que faça, em Portugal simplesmente NÃO HÁ informação sobre exercício no pós parto. Em Portugal não há sequer informação sobre exercício durante o parto por isso… igual ao litro… no máximo dos máximos o que se encontra é a indicação de “faça exercícios leves e de baixo impacto”, “não exagere”, “não se esforce”, “não faça”, “não aconteça”, com os quais eu concordo plenamente!! No entanto esquecem-se de mencionar aspectos que considero fundamentais e que variam de mulher para mulher: os antecedentes de cada grávida, o início de gravidez, a gravidez em si… a hidroginástica, por exemplo, comigo não funcionaria nunca! Jamais! Acho a hidroginástica um desporto muito giro, muito engraçado e perfeito para a maioria das mulheres mas para mim, é uma seca… eu sei o que estou a dizer, aguentei praticar hidroginástica durante uns estonteantes 3 meses… depois tive de inserir outro elemento e durante os restantes 9 meses fazia hidroginástica duas vezes por semana (na piscina municipal), bodycombat e bodypump três vezes por semana (no ginásio)! Depois desisti da hidroginástica e acabei por ter de desistir do ginásio também graças aos brilhantes horários de trabalho que tinha mas isso agora também não interessa nada...

Em relação à recuperação pós-parto, a informação que existe, mais uma vez, é fora do nosso território. Em Portugal a gravidez ainda é mito suficiente para apenas os centros de preparação para o parto terem planos pós-parto e mesmo assim não serem todas, muito menos a maioria, das mulheres a fazê-los. Cheguei mesmo a entrar em contacto com a Faculdade de Motricidade Humana e a questionar a eventual existência de estudos desenvolvidos a respeito mas até ao momento… nada.

Decidi desenvolver a minha própria pesquisa e sempre que possível contactar com profissionais que saibam do que estão a falar, que sejam seguros do que dizem. A gravidez altera completamente a constituição física das mulheres e é com o devido cuidado e gradualmente que a recuperação deve ser feita. Associada ao exercício físico temos de ter em conta a alimentação, a amamentação e o estado de esgotamento físico em que a grávida estará! A minha bebé ainda não nasceu, não faço ideia se será uma menina calma ou não – dado o histórico da princesa na minha barriga, prevejo noites em claro que se manterão até bem depois dos seus 18 anos mas enfim…

Vou colocar aqui o genérico da informação que vou recolhendo, alguma traduzida. Acredito que assim que a bebé nascer muita coisa vá sendo adaptada tendo em conta os horários das mamadas e as minhas tentativas de dormir com os sonos dela!!

De qualquer maneira aqui fica uma primeira recolha:

Exercicio aeróbico 4 a 5 vezes por semana, 6 a 8 semanas após o parto, não tem qualquer condicionamento na amamentação, melhorando o condicionamento fisico das mães - Dewey et all. 1984

Emagrecimento (0,5kg/semana) entre 4 a 14 semanas após o parto (amamentação) não afecta o crescimento dos bebés - Lovelady et all 2000

Pode-se recuperar o antigo corpo ou até um melhor? Se sim, em quanto tempo?

Sim, mas o tempo que demora a voltar ao peso que tinha depende também daquele que ganhou durante a gravidez, defende Anne Collins, nutricionista, consultora e autora de um programa de peso. Em média, acrescenta a especialista, são 11-13,5 quilos. Quando a criança nasce, as mães perdem 5 a 6 quilos, ficando com 5 a 9 para perder depois, os quais – intervalando com três meses para recuperação – deve, desaparecer dentro de 6 a 8 meses. Na verdade, pode-se ter um óptimo corpo pós-parto. "Conheço muitas mulheres que, até mesmo depois de terem várias crianças, criaram melhores corpos do que alguma vez tiveram. É preciso algum tempo para se conseguir isso. Não se podem esperar milagres. O corpo esteve 40 semanas a “alargar”, portanto é preciso tempo para recuperar," segundo Lisa Druxman, autora do livro Lean Mommy (Mamã Magra) e criadora de Stroller Strides (programa de fitness para mães e respectivos bebés). "Não vai acontecer durante a noite, é preciso disciplina e tempo (o que a maior parte das novas mamãs têm pouco!). Deste modo, espere ver resultados entre três a 12 meses", diz Jennifer Wider, autora do Guia de Sobrevivência da Nova Mãe (Bantam, 2008). Uma revisão recente da Cochrane Library sugere que as mulheres que voltam ao seu peso pré-gravidez em cerca de seis meses têm um risco menor de terem excesso de peso 10 anos depois.

Quanto tempo depois da gravidez devemos esperar para começar a praticar exercício físico?
Quinze dias em caso de parto normal. Se bem que não há regras gerais, a mulher pode começar a fazer exercício assim que se sinta confortável, sem dores na zona abdominal e na região do períneo (zona entre a vagina e o ânus), esclarece Tatiana Dominguez, coordenadora das aulas pós-parto do Centro Pré&Pós Parto, em Lisboa.

Três meses de intervalo, aconselha Collins. A maior parte dos médicos recomendam que se espere seis semanas antes de começar um programa de exercício físico “tradicional”. Mas isto não quer dizer que se tenha de esperar para começar outro tipo de exercício, defende Druxman. A autora sugere o seguinte:

Começar a reabilitação pélvica no chão imediatamente: exercícios Kegel.

Semanas 0 a 2: actividade suave; começar com balanços pélvicos e pequenas contracções abdominais.

Semanas 2 a 4: pequenos passeios de 5 a 15 minutos.

Semanas 4 a 6: manter a rotina. Não forçar a progressão.

Ela também sugere algumas limitações: evitar exercício muito intenso ou extenuante. Parar se o exercício causa dor, tonturas ou promove sangramento. Evitar agachamentos amplos e grandes movimentos laterais.

Tradução livre

O exercício afecta a amamentação?

Citando Druxman: "A pesquisa demonstra que exercicio regular, apoiado, de intensidade moderada a elevada, não implica com a quantidade ou qualidade do leite materno. Existe um pequeno número de casos em que se verificou o aumento da concentração de ácido lático no leite materno que resulta na diminuição da mamada por parte do bebé devido ao sabor amargo do leite. Este problema só foi detectado nos casos em que a intensidade do exercicio físico foi suficientemente alta para provocar a acumulação de ácido lático nos musculos. Tipicamente, o exercício aerobico não tem demonstrado afectar a mamada do bebé.

Por outro lado, amamentar antes do exercício deverá anular qualquer risco potencial uma vez que o ácido lático produzido e que se acumule no leite, deverá dissipar-se em 30 a 60 minutos após o exercício. Desde que as mamadas sejam regulares, nem o exercício fisico de alta densidade nem o ácido lático acumulado representarão qualquer risco para a mãe ou o bebé.

Outra pesquisa verificou o efeito do exercicio na taxa de imunoglubina A (IgA), um componente fundamental do sistema imunitário, verificando que os niveis de IgA no leite materno reduzem ligeiramente após o exercício. Se esta redução compromete a saude do bebé ainda não foi confirmado no entanto os autores do estudo recomendam a amamentação antes do exercicio eliminado o risco de potenciais efeitos adversos. A pesquisa sobre o efeito do exercício fisico no conteúdo mineral do leite materno não encontrou dados significativos.
Custa-me cada vez mais vir trabalhar. Provavelmente porque não há trabalho, provavelmente porque a paciência para permanecer em “ambiente de trabalho” já é curta e o que apetecia mesmo era ficar em casa a tratar da tua chegada e a descansar, sem chatices…

domingo, 30 de agosto de 2009

34 semanas + 3 dias

Espectativas (3)

Espero que sejas feliz!

sábado, 29 de agosto de 2009

34 semanas + 2 dias

Espectativas (2)

Espero que te sintas muito amada!

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

34 semanas+1 dia

Espectativas (1)

Espero que sejas saudável!


Dor de parto

Fonte: Amigas do parto

Métodos para alivio da dor no trabalho de parto
Por Roxana Knobel*
09 de Novembro de 2004
Introdução
A dor durante o trabalho de parto é universal: parir foi e é considerado doloroso por quase todas as culturas do mundo. Em nossa cultura, predominantemente judaico-cristã, as dores no parto são vistas como um castigo de Deus a Eva e suas descendentes pelo pecado original: "Multiplicarei as dores de tua gravidez, será na dor que vais parir os teus filhos" (Gênesis, III, 16).

A hospitalização do parto, levando-o a ser considerado um evento médico-cirúrgico, e a percepção cultural de que toda dor é um sintoma de doença e deve ser suprimida, resultaram na crença de que a dor no parto é dispensável e sem valor, e deve ser curada com equipamentos e tecnologia apropriados.

No entanto, muitas mulheres demonstram o desejo de lidar com a dor no trabalho de parto e parto sem intervenções farmacológicas. Isso se deve ao desejo de pouca interferência no processo fisiológico do nascimento, de “estar no controle”, de ter escolhas, de ser encorajada a confiar no corpo para superar a barreira da dor por seu próprio ritmo natural. Também pelo medo de efeitos colaterais que possam afetar a criança, já que a mulher passa a gestação inteira sendo alertada quanto aos perigos do uso de qualquer medicação para seu filho.

Não é possível prever a intensidade da dor para cada parto. Cada mulher é única e cada parto é vivenciado de forma única. Diversos fatores podem influenciar a intensidade da dor sentida por uma parturiente, como a tensão, a ansiedade e o medo do parto, a motivação para o parto e a maternidade, a paridade (primíparas referem mais dor que multíparas), a participação de cursos de preparação para o parto, a idade da paciente, o nível sócio-econômico, o antecedente de dismenorréia (cólica menstrual), o tamanho do feto, o peso da parturiente, a hora do parto, outras experiências dolorosas vivenciadas antes do parto, a posição da parturiente durante o trabalho de parto, o uso de drogas para induzir ou aumentar as contrações uterinas, além de normas sociais que também podem influenciar o julgamento da intensidade da dor.

Mesmo quem não pretende utilizar nenhum método para alívio da dor no trabalho de parto e parto, precisa conhecer os disponíveis. Em algumas situações pode haver necessidade e, conhecendo as alternativas, pode-se participar da escolha do método.
Para escolher os métodos analgésicos que podem ser utilizados, devem ser considerados riscos, benefícios e também o desejo da parturiente. Lembrando que um alívio total da dor não necessariamente implica em uma experiência de parto mais satisfatória. O importante é que a parturiente se sinta segura e confortável. Conversar com a equipe de assistência e incluir os métodos de preferência e os que NÃO deseja utilizar no “plano de parto” é essencial.

Pensando no conforto, mais que no alívio da dor em si, inicio com algumas “dicas”para as parturientes. Essas dicas são baseadas em um texto da internet (infelizmente perdi a referência) e na prática de acompanhar gestantes. A seguir, apresento as técnicas não farmacológicas mais estudadas de maneira “científica” com alguns comentários e, finalmente, comento as técnicas farmacológicas.

30 medidas para o conforto durante o trabalho de parto:
A parturiente pode tentar todas as que quiser. Certifique-se de sentir-se confortável. O que propicia uma deliciosa sensação de alívio para uma mulher pode não servir para outra. E, com o avanço da dilatação, o que antes parecia confortável torna-se incômodo. Tanto a mulher quanto seus acompanhantes devem estar prontos para ir mudando as técnicas.

Ambiente:
· Pouca luz
· Som “pacífico” (parecem ser melhores os sons da natureza (como pássaros, água correndo, ondas), mas os naturais mesmo, não gerados por sintetizador).
· Privacidade (em alguns locais isso é um pouco difícil, mas pode ser conseguido com um “isolamento” com cortinas improvisadas com lençóis, por exemplo.
· Aconchego
· Música

Físico:
· Caminhar
· Balançar a pelve
· Deitar sobre travesseiros
· Dançar “música lenta” com o parceiro
· Sentar na “bola de parto”
· Levantar o abdômen

Toque:
· Massagem
· Tapinhas no local da dor
· Afagar/ acariciar
· Contrapressão na região lombar
· Do-in

Calor:
· Banho de banheira
· Banho de chuveiro
· Compressas quentes

Frio:
· Compressas frias
· Tecido frio para colocar no rosto

Cognitivo:
· Visualização
· Afirmação
· Atenção na própria respiração
· Padrões de respiração
· Não focar a atenção em nada (atenção a todos os sons, cheiros, sensações táteis sem focar)
· Rezar

Outros:
· Aromaterapia
· Cromoterapia
· Vocalização
· Acompanhante ao parto

Técnicas:
Não Farmacológicas
São técnicas que não utilizam remédios ou drogas. O alívio da dor que proporcionam é menor do que o obtido com as técnicas farmacológicas, mas, geralmente, não tem contra-indicações ou efeitos colaterais.

Há atualmente, a busca por um cuidado mais natural, menos agressivo, com menor interferência nos processos fisiológicos, e que considere o ser humano como um todo. Nesse sentido, cada vez mais se difundem as chamadas medicinas alternativas ou complementares. Vários são os motivos que levam a população a procurar esse tipo de tratamento: a possibilidade de maior comunicação, empatia e contato com o profissional; a possibilidade de uma consulta mais personalizada; a crença de que é uma terapia mais natural e com menos efeitos colaterais; a preferência pela filosofia holística desses tratamentos (no caso, acreditar na importância da mente, corpo e espírito), em oposição ao modelo mecânico e reducionista da medicina tradicional; a maior ênfase que a medicina complementar dá à nutrição, fatores emocionais e estilo de vida na manutenção da saúde, e a insatisfação com o tratamento de patologias crônicas oferecido pela medicina tradicional.

Psico-profilaxia
A "analgesia psicológica" e psico-profilaxia apresentam princípios que variam conforme a época e o autor, mas baseiam-se em preparação para o parto. Essas técnicas podem ser iniciadas durante o pré-natal. A gestante e parceiro são orientados sobre a fisiologia do trabalho de parto e parto e sobre os procedimentos de rotina no local onde vão ter o bebê. Também são treinados e praticam sobre como executar massagens e práticas de respiração e de relaxamento que ajudam no processo do nascimento.
As vantagens deste tipo de preparação são: redução da dor, menor necessidade de drogas analgésicas e maior satisfação do casal com o parto.

Presença de acompanhante
Outro fator que comprovadamente ajuda a parturiente no momento do parto, inclusive com redução dos níveis de dor, é a presença de uma pessoa como acompanhante durante o todo o trabalho de parto. Essa pessoa pode ser escolhida pela mulher (sendo o marido, a mãe, uma amiga), ou pode ser alguém especificamente treinado para o acompanhamento do trabalho de parto (doula). A presença da doula durante o trabalho de parto foi relacionada com menor dor, menor necessidade de analgesia, menor taxa de partos operatórios e maior satisfação com o parto em ensaios clínicos randomizados.

A palavra obstetrícia é de origem latina, derivada da palavra obstetrix, originária do verbo obstare, que tem o significado de ficar-ao-lado ou em-face-de. A obstetrícia atual parece ter perdido seu objetivo de "estar ao lado" da parturiente. A formação médica não inclui o ensino da importância do apoio psicológico e afetivo aos pacientes, e o médico não aprende a lidar com eles, menos ainda com pacientes que estão com dor. Quando faltam alternativas para mitigar a dor e há pouca informação a respeito de como esse acompanhamento mais próximo poderia por si só ajudar o paciente, o médico tende a se afastar, piorando a situação.

Embora não existam estudos a respeito, parece claro que, se o profissional que acompanha o trabalho de parto se dispõe a “estar ao lado” da parturiente e sua família, a dor, o desconforto e o medo serão menores. Mas, mesmo um profissional disposto, não substitui o(s) acompanhante(s) de escolha da mulher parturiente.

Não ficar deitada
Há muito se sabe que a gestante não deve ficar muito tempo deitada de barriga para cima. O peso do útero com o bebê aperta uma veia que passa entre a coluna e o útero e diminui a chegada de oxigênio para o feto. Muitos estudos mostram que a mulher sente menos dor (principalmente no período expulsivo) se ficar na posição que lhe for mais confortável. Durante o trabalho de parto também se acredita que a dor fica menos intensa se a mulher parturiente puder se movimentar sem ficar “presa” à cama.

Banhos
O banho de imersão comprovadamente alivia a dor, deixa a parturiente mais relaxada e diminui a necessidade de utilizar drogas analgésicas para o alívio da dor. Não tem nenhum efeito colateral importante ou contra-indicação.
Na maioria dos hospitais do Brasil não há disponibilidade de banhos de imersão. Na prática clínica observa-se que o banho de chuveiro também ajuda a aliviar a dor e relaxar a mulher em trabalho de parto.

Acupuntura
A acupuntura é uma alternativa não farmacológicas para o alívio da dor e vêm se difundindo progressivamente no Ocidente. É uma prática terapêutica milenar originada no oriente e inserida no conjunto de conhecimentos da Medicina Tradicional Chinesa (MTC) e envolve a estimulação de determinados pontos na pele com agulhas. Na Europa, 12 a 19% da população relataram já ter utilizado a acupuntura, e calcula-se que mais de um milhão de americanos a utilizem anualmente. Suas propriedades vêm sendo progressivamente mais aceitas entre médicos ocidentais e em pesquisa realizada nos EUA em 1998, 51 % dos médicos referiram praticar acupuntura ou recomendar seu uso.

Especificamente para a Obstetrícia, esta técnica já foi utilizada para alívio de náuseas e vômitos, indução de trabalho de parto, versão de fetos pélvicos, alívio de dores musculares e osteoarticulares, para analgesias de cesárea, período de dilatação e parto.

Sua utilização no trabalho de parto e parto pode aliviar a dor e diminuir a necessidade de utilizar métodos farmacológicos. Com a utilização da acupuntura, o estado de consciência da mãe não se altera, permitindo que a mesma seja participativa no parto sem interferir, posteriormente, no contato da mãe com o recém- nascido e no início precoce da amamentação. É uma técnica segura, já que a fisiologia não é modificada e, de todos os estudos consultados incluindo, ao todo, mais de mil e duzentas gestantes, não foi relatado qualquer efeito colateral importante para a mãe ou para o concepto. Complicações relacionadas à acupuntura são raras e decorrem de tratamento incorreto, insuficientes conhecimentos médicos e sobre os pontos de acupuntura, deficiência de higiene e esterilização das agulhas. Por isso, a prática da acupuntura deve ser realizada por um profissional devidamente treinado, com agulhas esterilizadas ou descartáveis.

Os pontos e técnicas de acupuntura utilizadas variam imensamente entre os autores. Não existem citações clássicas específicas para o alívio da dor no trabalho de parto e parto. Para a Medicina Tradicional Chinesa, o parto fisiológico não cursa com dor intensa, mas não temos informações suficientes para afirmar se era esperado que as mulheres experimentassem essa dor, se ela realmente não era considerada intensa ou insuportável, ou ainda se a acupuntura não era considerada eficaz para o seu alívio.

Os pontos mais citados nos trabalhos publicados são os sacrais, principalmente o Ciliao (B32), que foram utilizados pela grande maioria dos autores, em conjunto com outros pontos ou isoladamente e foram estimulados com agulhas ou com a aplicação de água destilada sub-cutânea. A utilização da técnica de acupuntura auricular conjuntamente com o restante do corpo também foi tentada e os pontos utilizados foram útero, sistema simpático e Shen Men.

Eletrodos de superfície
A aplicação dos eletrodos de superfície também se baseia na estimulação de pontos ou regiões da pele, mas através de condutores que transmitem um estímulo elétrico fraco.
Os estudos com eletrodos de superfície apresentam resultados conflitantes, sendo que alguns autores confirmam seu efeito analgésico na dor do trabalho de parto e outros afirmam que esse efeito não existe ou é apenas “placebo”. Em pesquisa realizada na UNICAMP, comprovamos a possibilidade de utilizar eletrodos de superfície pare esse fim, com a mesma eficácia que a acupuntura tradicional. Com a vantagem de não necessitar a aplicação de agulhas, por isso, tem um custo menor e um incômodo menor para a parturiente.

Massagens
Diversos tipos de massagens podem ser feitos para alívio da dor no trabalho de parto. Em pontos de acupuntura, com gelo, com compressas quentes, no períneo, com óleos aromáticos. Talvez essas pesquisas científicas sejam dificultadas pela diversidade das técnicas possíveis e pela naturalidade com que se faz massagens em uma pessoa com dor. Não há efeitos colaterais descritos.
A prática clínica mostra o grande efeito analgésico que a massagem pode proporcionar. Deve ser respeitado o desejo e a experiência pessoal de cada gestante no momento de aplicação da massagem.

Hipnose
Pode ser realizada por um profissional ou a parturiente pode aprender a se auto-hipnotizar. Mulheres que foram hipnotizadas com o objetivo de aliviar a dor no trabalho de parto referiram uma maior satisfação com o manejo da dor do que as que não utilizaram.

Diversos
Existem diversas técnicas que podem ajudar a aliviar a dor, o desconforto, a ansiedade e o medo durante o trabalho de parto. Não há estudos científicos mostrando que essas atitudes são realmente eficazes, ou há estudos e estes não conseguiram demonstrar nenhum efeito. Mas isso não significa que, individualmente elas não funcionem, muitos obstetras e enfermeiras obstétricas orientam as parturientes a utilizar algumas dessas técnicas e com resultados bons.
Certamente, nenhuma das técnicas sugeridas tem efeitos colaterais ou complicações:
· Aromaterapia
· Música
· Vocalização
· Homeopatia
· Preces

Farmacológicos
São assim chamados porque utilizam alguma droga, ou fármaco. Podem ser sistêmicos (que agem em todo o corpo) ou regionais (aplicados na medula vertebral, anestesiam apenas alguns lugares do corpo).

Opióides
Método farmacológico sistêmico. É um remédio, geralmente aplicado via muscular ou endovenosa (injeção no músculo ou na veia). Muito eficazes na redução da dor, mas apresentam efeitos adversos consideráveis. Na mãe, podem causar depressão respiratória, e no recém-nascido depressão respiratória, índices de Apgar baixos e acidose. Além disso, podem dificultar a interação entre mãe e filho nas primeiras horas após o parto, comprometendo o início precoce da amamentação. Seus efeitos em longo prazo no recém-nascido ainda não estão completamente esclarecidos.

Oxido Nitroso
Método farmacológico sistêmico. No Brasil é pouco utilizada para alívio da dor no trabalho de parto. Seu efeito analgésico é pequeno (não alivia tanto a dor). No entanto, é segura e seu efeito cessa assim que a gestante deixa de inalar a droga. Grande parte das gestantes que o utilizam queixam-se de náuseas e sensação de embriaguez, o que está relacionado com o fato da mulher considerar o parto como uma “experiência desagradável”.

Analgesia peridural e bloqueio combinado raquidiano-peridural
Método farmacológico regional. Para sua aplicação, é necessário que um médico anestesiologista esteja presente. Uma ou mais medicações são injetadas na coluna, ou em um espaço chamado peridural, ou diretamente no canal vertebral, ou em ambos. A parturiente deve ficar deitada de lado ou sentada e o procedimento de aplicação é rápido e pouco doloroso.

Atualmente são formas práticas, eficazes e relativamente seguras de dar a luz sem dor. Indubitavelmente, são os métodos mais eficazes para aliviar e até eliminar a dor. Quando a técnica utilizada é correta, o bloqueio motor é menor e permite mobilidade, participação da parturiente e puxos eficazes no período expulsivo.

No entanto, há evidências de que os bloqueios regionais aumentam o tempo do primeiro (período de dilatação) e do segundo estágios do parto (período expulsivo), a incidência de distócias de apresentação fetal (a cabecinha do bebê encaixa na bacia de forma errada), o uso de ocitocina e o número de partos instrumentais. Discute-se o fato da utilização da analgesia peridural estar associada a maiores taxas de partos por cesárea, sendo que alguns autores encontraram associação e outros não concordam com essa afirmação. Quando se utiliza a anestesia raquidiana, pode ocorrer dor de cabeça após. Complicações graves podem ocorrer, mas são extremamente raras.

Além da recusa da mulher em utilizar o bloqueio regional, há outros motivos para não utiliza-lo no momento do parto, por exemplo, contra-indicações médicas. Também são caros e necessitam de infra-estrutura hospitalar para serem aplicados, então, limitações do local do parto e econômicas também impedem a utilização dessa técnica.

* Roxana Knobel é médica ginecologista e obstetra, atualmente reside em Florianópolis (SC). É Mestra em Medicina pela UNICAMP, com a Dissertação “Acupuntura para alívio da dor no trabalho de parto” e Doutora em tocoginecologia pela UNICAMP, com a tese “Técnicas de acupuntura para alívio da dor no trabalho de parto – ensaio clínico”.